Trilha no Canyon Guartelá.
Olá amigos, escrevo dessa vez sobre nossa última trilha, no Canyon Guartelá, entre os municípios de Tibagi e Castro, no Paraná.
Fomos num grupo de 7 bikers (Eu, Tony Braga, Ricieri, Emerson, Luciano, Maurício e José Ricardo) divididos em dois carros. Saímos de Assis às 03:30h de sábado, dia 08/08/2009. A cidade de Tibagi fica a aproximadamente 300Kms de Assis.
A idéia era de um pedal de aproximadamente 100Kms, então preferimos montar nosso próprio roteiro, contratar um guia e pé no pedal, pois as atrações são muitas, e pode-se tranquilamente passar uma semana na região e ainda haverá muita coisa bonita a se olhar. As alternativas que havíamos encontrado eram de passeios com pedal mais curto.
O Tony acertou tudo lá com uma agência que pertence a um francês que têm uma história interessante. Ele foi atleta olímpico de canoagem, nas olimpíadas de Sidney na Austrália e depois passou a técnico da equipe brasileira de canoagem, indo então parar em Tibagi que tem praticamente dentro da cidade um dos melhores rios para prática de canoagem e rafting do Brasil. Encantado com o lugar ele comprou uma área e montou uma agência de ecoturismo e prática esportiva, com apoio para muitos esportistas. Vale a pena conhecê-lo e ouvir um pouco de suas histórias. Não estranhe o baseado no cantinho da mesa. Rsrsrsr
Chegamos as 07:00 h e encontramos o café da manhã prontíssimo. (Parabéns Tony que pensou em tudo). Café pra dentro, bikes no chão, pau na máquina. Nosso guia é uma figuraça, seu nome é Carlos, apelido Piquá (ou Pitako, conforme batizou e insistiu até o fim o Zé Ricardo) O cara tem paciência, é piloto de motocross e foi com sua moto. Primeiro objetivo era o Canyon e a idéia era um pedal de 50Km para ir até lá e voltar. Deu tudo certinho, na ida o trecho era íngreme mas nada que assustasse apesar das recomendações que havíamos recebido. Modéstia a parte nosso time tá muito bem preparado e o Piquá que é professor de educação física ficou surpreso com a força do pessoal. No caminho (que passa por dentro de propriedades particulares que cobram em média R$5,00 por pessoa para ingresso) já deu para se fazer uma idéia da grandeza do lugar. Visuais maravilhosos, montanhas lindas e travessia por dentro de um riacho pedalando. Pensa numa água fria. na última fazenda, já na beira do Canyon, conhecemos "Seu" Pedro, morador local que ao ver aquela turma toda se empolgou e sugeriu que o Piquá nos mostrasse "Cabeça do Tartarugo" também. ÊÊÊÊPPAAAAA!. O Piquá ficou de mostrar e a gente ficou preocupado.
Chegamos na margem superior do grande Canyon! Contemplando essas paisagens acho que entramos quase que num transe ( O Piquá também queria entrar, mas por um caminho mais rápido, acendendo unzinho. Calma aí, Piquá, tem muito pedal pela frente e aqui ninguém usa não. rsrsrsr) falando sério, é de se ficar de boca aberta. Muitas fotos, papo furado e as maiores formigas do planeta, segundo o Zé Ricardo, do tamanho de tatus e com ferrões capazes de decepar homens e cavalos. Um deles até furou o pneu de minha bike.
Bicicletas na trilha de volta, passamos por "Seu" Pedro de novo, que quis saber se o Piquá havia mostrado a cabeça do Tartarugo pra nós (Calma aí seu Pedro, tá nos estranhando???) fizemos a volta até a agência para começar a segunda parte da trilha, que passaria pelo Rio Iapó, Salto Santa Rosa, Salto Puxa Nervos, Morro do Jacaré (ponto mais alto da região) e volta para agência, numa previsão de mais 40 kms.
Trecho fácil e igualmente bonito, com destaque para o rio Iapó, onde a corredeira é impressionante, e a seleção brasileira de canoagem realiza seus treinamentos. Chegamos então a uma fazenda onde o almoço nos aguardava, Comidinha de fazenda, muito saborosa e prontinha em cima do fogão a lenha para se servir (mais uma vez parabéns Tony)
O Salto Santa Rosa fica dentro dessa fazenda e fomos para lá depois do almoço. A queda d'água tem aproximadamente uns 30 metros de altura e é simplesmente impressionante. Mais um monte de fotos, já com algumas poses eróticas, e vamos em frente. Saímos daí em direção ao Salto Puxa Nervos em um trajeto mais ou menos curto, passando por uma mata muito bonita e chegando finalmente à fazenda onde ele está localizado. Essas propriedades todas cobram um ingresso, que já havia sido combinado e acertado com o Allan, da agência que nos apoiou. Antes de conhecer o Salto, parada para reparos na minha bike que quebrou uma canaleta dos cabos do câmbio, que foi "operada" pelo cirurgião especialista Zé Ricardo com apoio dos instrumentadores Emerson, Ricieri, Luciano e Maurício e pelos apelos à Divina Providência do Tony e meus, que tavam vendo nosso finzinho de trilha melar. Parabéns ao cirurgião e sua comeptente equipe (o Emerson acho um arame no meio do nada que terminou de resolver tudo).
Esse é um outro ponto a se destacar. Depois do Salto Santa Rosa deixar-nos estupefatos, não imaginava que teria uma visão ainda mais magnífica. Coisa de emocionar de verdade. Fiquei imaginando aqeula imensidão de água caindo daquele lugar desde sempre, parecendo a espera de nosso olhar, nossa admiração. Somos abençoados.
Saindo dali chegaria a parte mais difícil do pedal, segundo o Piquá (que à essas alturas já era Pitako definitivamente e já havia entrado em transe da maneira que queria desde o começo) o bicho ia pegar. Durante o almoço eu ví o Piquá conversando com outras pessoas do lugar e falando sobre a gente com admiração, contando aonde já havíamos ido, que todo mundo não tinha descido da bike nem uma única vez e o pessoal perguntou aonde ele nos levaria e ele disse que subiríamos o Morro do Jacaré. Foram unanimes: Agora eles descem da bike.
O tal do Jacaré não é mole não, sua principal subida tem uns 9Km e é dura de verdade, Inclinação forte, pedras soltas, dureza. Mas esse pessoal é duro também e surpreendemos mais uma vez o alegre (põe alegre nisso) Piquá.
Um único senão nesse ponto. O Morro do Jacaré é o ponto mais alto da região, como já disse. Região extremamente bonita e com potencial enorme para o ecoturismo, e no seu maior morro, bem no alto, o quê?? Lindas torres de celular, dessas laranjas e brancas. Nosso povo precisa aprender muito.
Após a contemplação final do visual magnífico, hora de voltar. Tudo tranquilo, volta maneira, e chegamos a agência. Bikes nos carros, banho tomado, pé na estrada de volta. E dessa vez o pai do Zé nem precisou levar a chave pra gente.
Pessoal, como eu já disse sou abençoado, por todos os motivos. por poder fazer essa trilha, por ter minha família que apóia e entende minha ausências, por ter os amigos que compartilham as mesmas paixões, enfim, por tudo.
Chegamos de volta às 23:00hs, depois do Tony dar uma demosntração de tudo que um bom motorista deve fazer para que ninguém durma dentro do carro.
Ressalvas:
O Tony parecia uma daquelas máquinas a vapor. Nunca ví uma pessoa que conseguisse produzir tanto vapor. Malcheiroso.
Todos, sem excessão conhecemos a cabeça do Tartarugo e achamos linda!!!
Um abraço a todos.
Olá amigos, escrevo dessa vez sobre nossa última trilha, no Canyon Guartelá, entre os municípios de Tibagi e Castro, no Paraná.
Fomos num grupo de 7 bikers (Eu, Tony Braga, Ricieri, Emerson, Luciano, Maurício e José Ricardo) divididos em dois carros. Saímos de Assis às 03:30h de sábado, dia 08/08/2009. A cidade de Tibagi fica a aproximadamente 300Kms de Assis.
A idéia era de um pedal de aproximadamente 100Kms, então preferimos montar nosso próprio roteiro, contratar um guia e pé no pedal, pois as atrações são muitas, e pode-se tranquilamente passar uma semana na região e ainda haverá muita coisa bonita a se olhar. As alternativas que havíamos encontrado eram de passeios com pedal mais curto.
O Tony acertou tudo lá com uma agência que pertence a um francês que têm uma história interessante. Ele foi atleta olímpico de canoagem, nas olimpíadas de Sidney na Austrália e depois passou a técnico da equipe brasileira de canoagem, indo então parar em Tibagi que tem praticamente dentro da cidade um dos melhores rios para prática de canoagem e rafting do Brasil. Encantado com o lugar ele comprou uma área e montou uma agência de ecoturismo e prática esportiva, com apoio para muitos esportistas. Vale a pena conhecê-lo e ouvir um pouco de suas histórias. Não estranhe o baseado no cantinho da mesa. Rsrsrsr
Chegamos as 07:00 h e encontramos o café da manhã prontíssimo. (Parabéns Tony que pensou em tudo). Café pra dentro, bikes no chão, pau na máquina. Nosso guia é uma figuraça, seu nome é Carlos, apelido Piquá (ou Pitako, conforme batizou e insistiu até o fim o Zé Ricardo) O cara tem paciência, é piloto de motocross e foi com sua moto. Primeiro objetivo era o Canyon e a idéia era um pedal de 50Km para ir até lá e voltar. Deu tudo certinho, na ida o trecho era íngreme mas nada que assustasse apesar das recomendações que havíamos recebido. Modéstia a parte nosso time tá muito bem preparado e o Piquá que é professor de educação física ficou surpreso com a força do pessoal. No caminho (que passa por dentro de propriedades particulares que cobram em média R$5,00 por pessoa para ingresso) já deu para se fazer uma idéia da grandeza do lugar. Visuais maravilhosos, montanhas lindas e travessia por dentro de um riacho pedalando. Pensa numa água fria. na última fazenda, já na beira do Canyon, conhecemos "Seu" Pedro, morador local que ao ver aquela turma toda se empolgou e sugeriu que o Piquá nos mostrasse "Cabeça do Tartarugo" também. ÊÊÊÊPPAAAAA!. O Piquá ficou de mostrar e a gente ficou preocupado.
Chegamos na margem superior do grande Canyon! Contemplando essas paisagens acho que entramos quase que num transe ( O Piquá também queria entrar, mas por um caminho mais rápido, acendendo unzinho. Calma aí, Piquá, tem muito pedal pela frente e aqui ninguém usa não. rsrsrsr) falando sério, é de se ficar de boca aberta. Muitas fotos, papo furado e as maiores formigas do planeta, segundo o Zé Ricardo, do tamanho de tatus e com ferrões capazes de decepar homens e cavalos. Um deles até furou o pneu de minha bike.
Bicicletas na trilha de volta, passamos por "Seu" Pedro de novo, que quis saber se o Piquá havia mostrado a cabeça do Tartarugo pra nós (Calma aí seu Pedro, tá nos estranhando???) fizemos a volta até a agência para começar a segunda parte da trilha, que passaria pelo Rio Iapó, Salto Santa Rosa, Salto Puxa Nervos, Morro do Jacaré (ponto mais alto da região) e volta para agência, numa previsão de mais 40 kms.
Trecho fácil e igualmente bonito, com destaque para o rio Iapó, onde a corredeira é impressionante, e a seleção brasileira de canoagem realiza seus treinamentos. Chegamos então a uma fazenda onde o almoço nos aguardava, Comidinha de fazenda, muito saborosa e prontinha em cima do fogão a lenha para se servir (mais uma vez parabéns Tony)
O Salto Santa Rosa fica dentro dessa fazenda e fomos para lá depois do almoço. A queda d'água tem aproximadamente uns 30 metros de altura e é simplesmente impressionante. Mais um monte de fotos, já com algumas poses eróticas, e vamos em frente. Saímos daí em direção ao Salto Puxa Nervos em um trajeto mais ou menos curto, passando por uma mata muito bonita e chegando finalmente à fazenda onde ele está localizado. Essas propriedades todas cobram um ingresso, que já havia sido combinado e acertado com o Allan, da agência que nos apoiou. Antes de conhecer o Salto, parada para reparos na minha bike que quebrou uma canaleta dos cabos do câmbio, que foi "operada" pelo cirurgião especialista Zé Ricardo com apoio dos instrumentadores Emerson, Ricieri, Luciano e Maurício e pelos apelos à Divina Providência do Tony e meus, que tavam vendo nosso finzinho de trilha melar. Parabéns ao cirurgião e sua comeptente equipe (o Emerson acho um arame no meio do nada que terminou de resolver tudo).
Esse é um outro ponto a se destacar. Depois do Salto Santa Rosa deixar-nos estupefatos, não imaginava que teria uma visão ainda mais magnífica. Coisa de emocionar de verdade. Fiquei imaginando aqeula imensidão de água caindo daquele lugar desde sempre, parecendo a espera de nosso olhar, nossa admiração. Somos abençoados.
Saindo dali chegaria a parte mais difícil do pedal, segundo o Piquá (que à essas alturas já era Pitako definitivamente e já havia entrado em transe da maneira que queria desde o começo) o bicho ia pegar. Durante o almoço eu ví o Piquá conversando com outras pessoas do lugar e falando sobre a gente com admiração, contando aonde já havíamos ido, que todo mundo não tinha descido da bike nem uma única vez e o pessoal perguntou aonde ele nos levaria e ele disse que subiríamos o Morro do Jacaré. Foram unanimes: Agora eles descem da bike.
O tal do Jacaré não é mole não, sua principal subida tem uns 9Km e é dura de verdade, Inclinação forte, pedras soltas, dureza. Mas esse pessoal é duro também e surpreendemos mais uma vez o alegre (põe alegre nisso) Piquá.
Um único senão nesse ponto. O Morro do Jacaré é o ponto mais alto da região, como já disse. Região extremamente bonita e com potencial enorme para o ecoturismo, e no seu maior morro, bem no alto, o quê?? Lindas torres de celular, dessas laranjas e brancas. Nosso povo precisa aprender muito.
Após a contemplação final do visual magnífico, hora de voltar. Tudo tranquilo, volta maneira, e chegamos a agência. Bikes nos carros, banho tomado, pé na estrada de volta. E dessa vez o pai do Zé nem precisou levar a chave pra gente.
Pessoal, como eu já disse sou abençoado, por todos os motivos. por poder fazer essa trilha, por ter minha família que apóia e entende minha ausências, por ter os amigos que compartilham as mesmas paixões, enfim, por tudo.
Chegamos de volta às 23:00hs, depois do Tony dar uma demosntração de tudo que um bom motorista deve fazer para que ninguém durma dentro do carro.
Ressalvas:
O Tony parecia uma daquelas máquinas a vapor. Nunca ví uma pessoa que conseguisse produzir tanto vapor. Malcheiroso.
Todos, sem excessão conhecemos a cabeça do Tartarugo e achamos linda!!!
Um abraço a todos.